Há tempos já estava com muitas letrinhas nas pontas dos dedos, louca para postar aqui, mas por algum motivo sabia que não era hora. Melhor assim.
Hoje é o dia, a hora é agora, comemorando (ou não) 20 dias em Beagá.
Têm sido dias interessantes, pra dizer o mínimo.
Gamei em BH de cara. Não sei explicar... Muitos perguntam como estou me sentindo numa cidade tão grande e blábláblá. Particularmente a dimensão, a movimentação, as características peculiares não tem me afetado muito não, geograficamente falando.
Povo, relacionamento, cultura, esses são pontos com os quais sempre me preocupo mais, frente a uma mudança. Sinceramente falando, esses são pontos um pouco mais delicados nesses 20 dias aqui.
Primeiramente, quando ando na rua, parece estar escrito na minha testa que não sou daqui. Quando abro a boca confirmo as suspeitas iniciais. Sotaque e a velocidade da fala mostram minhas raízes "paracatauchescas".
"Segundamente", o círculo de interação social é basicamente os membros da comunidade. Não estou falando que eles não são simpáticos, isso não, mas não há membros que moram próximos à comunidade. Esse é um fator negativo da comunhão de fé aqui na comunidade de Belo Horizonte. Acabo convivendo com as pessoas apenas nas programações, o que é um tempo relativamente curto. Aos poucos já está mudando: marca-se um cinema aqui, uma reuniãozinha de amigos ali.
"Terceiramente" são as características eclesiais, um pouquinho mais tradicionais que no Sul (pelo menos nas comunidades onde já perambulei).
Aos poucos as coisas vão entrando nos eixos, vou conhecendo, me adaptando... não posso dizer que não gosto de desafios, além do mais, sei Quem me chamou e pra cá me designou... não há o que temer!
Por mais confuso que seja, é ótimo estar vivendo a consequência de dizer "Eis-me aqui Senhor"
Abraaaassss
(Povo de Pelotas, tenho lembrado taaanto de vocês, não vejo a hora de poder estar com novamente aí - Isso soou meio "paulino", final de post = final de epístola... enfim, SAUDADES!)
PARACATAÚCHA
Paranaense na certidão, catarina de coração e um pouco gaúcha, por que não?!
terça-feira, 7 de setembro de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
É BH!
Depois de praticamente duas semanas, após receber o resultado de aprovação no Exame de Admissão ao PPHM (Período Prático de Habilitação ao Ministério, veio a tão esperada, ansiada e desejada resposta para onde serei designada para o PPHM: Belo Horizonte. Lá passarei 17 meses da minha vida, realizando o tal PPHM na IECLB. Cidade nova, pessoas novas a conhecer, mas Aquele que está cuidando de tudo isso eu conheço há tempo. OBRIGADA SENHOR!
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Arrumar mudança está longe de ser algo divertido. Estou passando por isso. Acabo de esvaziar as gavetas do escritório. Gavetas são menos chatas de serem arrumadas, eu acho. Gosto de gavetas. São meus baús de tesouros. As gavetas dos criados mudos do meu quarto na casa dos meus pais guardam relíquias: cartas recebidas, outras escritas e nunca enviadas, alguns papéis de bala (quem nunca guardou um?!), agendas, cartões, crachás de retiros, enfim... quando as abro, mergulho em bons momentos vividos.
As gavetas daqui de São Bô me revelaram que cresci: comprovantes, recibos, manuais, anotações importantes... O conteúdo ficou mais sério, menos colorido, nem tão divertido.
O que é interessante é como o recheio de uma pode revelar alguém. Tanto as gavetas do meu quarto na casa dos meus pais, como as gavetas de São Bô revelam a Bianca, assim como as gavetas de _______________________ (só será possível inserir o nome da localidade a partir do meio dia de amanhã)me revelarão. Cada uma carrega um pouco de mim.
Não posso esconder das gavetas o quanto sou organizada, mas com o descuido posso virar uma bagunceira de primeira; não posso esconder minhas anotações e divagações; por onde andei e o que trago desses lugares e ainda, como tenho a capacidade de guardar tantos papéis em branco na esperança de dar uso a eles algum dia, como se sempre houvesse o anseio de escrever algo de extremo valor.
Mesmo se as gavetas têm chaves, não as tranco. Não faz parte de mim me esconder.
Cada gaveta mostra um tanto de mim. Estou à caminho do dia em o conteúdo de todas elas vai estar num lugar só, assim como eu, sou uma só. Enquanto esse dia não vem, me descubro em cada lugar um pouco.
As gavetas daqui de São Bô me revelaram que cresci: comprovantes, recibos, manuais, anotações importantes... O conteúdo ficou mais sério, menos colorido, nem tão divertido.
O que é interessante é como o recheio de uma pode revelar alguém. Tanto as gavetas do meu quarto na casa dos meus pais, como as gavetas de São Bô revelam a Bianca, assim como as gavetas de _______________________ (só será possível inserir o nome da localidade a partir do meio dia de amanhã)me revelarão. Cada uma carrega um pouco de mim.
Não posso esconder das gavetas o quanto sou organizada, mas com o descuido posso virar uma bagunceira de primeira; não posso esconder minhas anotações e divagações; por onde andei e o que trago desses lugares e ainda, como tenho a capacidade de guardar tantos papéis em branco na esperança de dar uso a eles algum dia, como se sempre houvesse o anseio de escrever algo de extremo valor.
Mesmo se as gavetas têm chaves, não as tranco. Não faz parte de mim me esconder.
Cada gaveta mostra um tanto de mim. Estou à caminho do dia em o conteúdo de todas elas vai estar num lugar só, assim como eu, sou uma só. Enquanto esse dia não vem, me descubro em cada lugar um pouco.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
E agora, pra onde Senhor?!
Mudança me dá vontade de postar. Eu sei, na mudança pra São Bonifácio (carinhosamente chamada de São Bô a partir daqui) não coloquei muita coisa coisa. Tá bom... não postei nada daqui! Talvez a imersão na bucolicidade interiorana me afetou, me recolheu, o que não é ruim.
Com alguns tive a oportunidade de compartilhar a ansiedade que antecedeu minha vinda para São Bô. A teóloga pirralha, recém formada, convidada a assumir 8 comunidades, de certa forma ainda enlutadas, numa cidade totalmente estranha e que, sinceramente, não seria a que estaria em primeiro lugar, no caso da possibilidade de escolha. Além do convite de um pastor sinodal bem ousado, vamos concordar, senti que tinha alguém mais me chamando para cá, na verdade, o que primeiro pensou em mim nesse lugar: Deus. Sabia que alguma coisa eu tinha que aprender aqui.
Seis meses se passaram, o que concretamente Deus tinha para me ensinar eu não tenho como listar, mas sei que o que Ele quer que eu seja não teria como acontecer sem esse tempo aqui. O que posso dizer, é que eu estava olhando para o lugar: estradas tenebrosas, grandes distâncias, a falta de alguns confortos que uma cidade um pouco maior pode oferecer... porém Deus me fez olhar para as pessoas; ouvir suas histórias, fazer parte cada vida um pouco!
Agora é hora de me despedir de São Bô e ir ainda não sei para onde, pois fui aprovada (EU PAAAAASSEEEEEEEEEEEIII) no Exame de Admissão para o Período Prático de Habilitação ao Ministério (PPHM) da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).
Será que esta paracataúcha continuará no Sul?! Apesar de toda curiosidade, estou tranquila, pois estou vivendo a consequência de ter dito há muito tempo "Eis-me aqui, envia-me a mim" ao Senhor da minha vida.
Abraaaaassss
Com alguns tive a oportunidade de compartilhar a ansiedade que antecedeu minha vinda para São Bô. A teóloga pirralha, recém formada, convidada a assumir 8 comunidades, de certa forma ainda enlutadas, numa cidade totalmente estranha e que, sinceramente, não seria a que estaria em primeiro lugar, no caso da possibilidade de escolha. Além do convite de um pastor sinodal bem ousado, vamos concordar, senti que tinha alguém mais me chamando para cá, na verdade, o que primeiro pensou em mim nesse lugar: Deus. Sabia que alguma coisa eu tinha que aprender aqui.
Seis meses se passaram, o que concretamente Deus tinha para me ensinar eu não tenho como listar, mas sei que o que Ele quer que eu seja não teria como acontecer sem esse tempo aqui. O que posso dizer, é que eu estava olhando para o lugar: estradas tenebrosas, grandes distâncias, a falta de alguns confortos que uma cidade um pouco maior pode oferecer... porém Deus me fez olhar para as pessoas; ouvir suas histórias, fazer parte cada vida um pouco!
Agora é hora de me despedir de São Bô e ir ainda não sei para onde, pois fui aprovada (EU PAAAAASSEEEEEEEEEEEIII) no Exame de Admissão para o Período Prático de Habilitação ao Ministério (PPHM) da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).
Será que esta paracataúcha continuará no Sul?! Apesar de toda curiosidade, estou tranquila, pois estou vivendo a consequência de ter dito há muito tempo "Eis-me aqui, envia-me a mim" ao Senhor da minha vida.
Abraaaaassss
segunda-feira, 22 de março de 2010
Ooooo felicidade saber que tem gente que anda visitando esse pobre blog. Esses tempos tive que entrar numa comunidade no orkut chamada "Escritores que não escrevem", serve perfeitamente para mim, pois as ideias sempre reluzem nessa cabeça cacheada, mas quanto a sentar, escrevê-las e publicá-las... isso é outra história.
Bom... o que perturbou a tal cabeça cacheada hoje é: Paulo Leminski(?!). Eu gosto de alguns poemas dele, gosto das brincadeiras que ele faz com as palavras, e, bem, achei um poeminha que cabe ao dia, ao momento da vida e para compartilhar aqui:
"pelos caminhos que ando
um dia vai ser
só não sei quando"
Deixo para cada um a tarefa de refletir em quais caminhos anda e onde eles levam =)
Espero que os meus caminhos me levem a mais postagens, hihihi.
Abraaaassss
Bom... o que perturbou a tal cabeça cacheada hoje é: Paulo Leminski(?!). Eu gosto de alguns poemas dele, gosto das brincadeiras que ele faz com as palavras, e, bem, achei um poeminha que cabe ao dia, ao momento da vida e para compartilhar aqui:
"pelos caminhos que ando
um dia vai ser
só não sei quando"
Deixo para cada um a tarefa de refletir em quais caminhos anda e onde eles levam =)
Espero que os meus caminhos me levem a mais postagens, hihihi.
Abraaaassss
segunda-feira, 8 de março de 2010
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Está acabando 2009
Não podia deixar o ano ir embora sem uma postagem aqui, o meu desleixo com esse blog é visível (dá uma olhada na última postagem). Colocar as ideias no lugar, fazer tudo para conseguir o grau de bacharel em teologia, aproveitar cada momento ao lado dos meus amados amigos de faculdade ocupou muito do meu tempo em 2009.
Por mais que pareceu um ano que passou devagar, vai ser daqueles anos que ficarão na memória. 1994, 1998, 2003 são anos memoráveis para mim, agora se junta 2009 a eles. Lembro-me muito bem da virada 2008-2009. Estava junto aos pelotenses queridos (meus presentes em 2008) em algum lugar dos pampas gaúchos pensando como me sentiria na virada 2009-2010. Na verdade me sinto igual, mas sei que muita coisa mudou em mim e sei que muita coisa vai mudar daqui pra frente.
Como em 2008 o fato do ano foi meu tempo em Pelotas, em 2009 com certeza foi a conclusão da faculdade. Por algum motivo, quando penso em conclusão de faculdade me vem a lembrança a viagem que a nossa turma fez para Itaperuçu-Curitiba nesse ano. Voltamos diferentes de lá, aproveitamos esse tempo como turma e começamos a encarar o que nos espera "no mundo real".
Por falar em mundo real, começo a trabalhar em 2010. Só não sei onde... mas trabalho nunca falta no Reino. Um novo lugar e novas experiências (ou 2 novos lugares) podem render muitas postagens em 2010 (se para onde eu for tenha internet). Tomem isso como uma resolução de ano novo.
Um maravilhoso e abençoado 2010 para você que está lendo isso =)
Abraasss
Por mais que pareceu um ano que passou devagar, vai ser daqueles anos que ficarão na memória. 1994, 1998, 2003 são anos memoráveis para mim, agora se junta 2009 a eles. Lembro-me muito bem da virada 2008-2009. Estava junto aos pelotenses queridos (meus presentes em 2008) em algum lugar dos pampas gaúchos pensando como me sentiria na virada 2009-2010. Na verdade me sinto igual, mas sei que muita coisa mudou em mim e sei que muita coisa vai mudar daqui pra frente.
Como em 2008 o fato do ano foi meu tempo em Pelotas, em 2009 com certeza foi a conclusão da faculdade. Por algum motivo, quando penso em conclusão de faculdade me vem a lembrança a viagem que a nossa turma fez para Itaperuçu-Curitiba nesse ano. Voltamos diferentes de lá, aproveitamos esse tempo como turma e começamos a encarar o que nos espera "no mundo real".
Por falar em mundo real, começo a trabalhar em 2010. Só não sei onde... mas trabalho nunca falta no Reino. Um novo lugar e novas experiências (ou 2 novos lugares) podem render muitas postagens em 2010 (se para onde eu for tenha internet). Tomem isso como uma resolução de ano novo.
Um maravilhoso e abençoado 2010 para você que está lendo isso =)
Abraasss
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